18 setembro, 2017
Quilombo de Capoeiras recebe a visita de universitários
Capoeiras faz parte do alicerce cultural e histórico de Macaíba.
A riqueza histórica e cultural da comunidade quilombola de Capoeiras foi mais uma vez a fonte principal de uma aula campo para universitários oriundos de várias regiões do Rio Grande do Norte. O encontro aconteceu durante a manhã do último sábado (16), na comunidade e contou com a presença de estudantes da cidade de Macaíba, Ielmo Marinho, Santa Maria, Vera Cruz, Nísia Floresta e Pedro Velho. Professores, coordenadores e os alunos foram recepcionados por líderes dos direitos do quilombo Capoeiras, entre eles, o senhor Manoel Batista.
O secretário de Cultura de Macaíba, Marcelo Augusto e o jornalista Sérgio Nascimento, coordenador da Assessoria de Comunicação da Prefeitura e nativo de Capoeiras também participaram do encontro. O propósito foi aperfeiçoar aos discentes da instituição FAI NORDESTE uma formação mais aprofundada e diversificada a respeito das comunidades quilombolas, principalmente sobre Capoeiras, que é maior comunidade afrodescendente do estado do Rio Grande do Norte. A professora Carla Lemos e as coordenadoras pedagógicas Daniela Araújo e Raíssa Fernandes representaram a instituição de ensino.
Carla Lemos, docente de história ressaltou a importância e a representatividade dos quilombos para a história social, histórica e cultural do Brasil. A troca de experiências continuou com as apresentações, ao ar livre, das manifestações culturais afrodescendentes. O grupo de dança do Pau furado - do Mestre Deba, o Maculelê e a Capoeira do Mestre Fumaça foram algumas das atrações do intercâmbio cultural.
Marcelo Augusto, em sua fala, definiu o que os afrodescendentes, especialmente os de Capoeiras representam para o município e o RN. “São representantes de uma organização social caracterizada pela vivência de povos afrodescendentes, que se recusaram à submissão, à exploração, à violência do sistema colonial e ao escravismo impostos pelas classes dominantes. Capoeiras faz parte do alicerce cultural e histórico de Macaíba. Não há como mensurar o mérito deste quilombo para nós macaibenses”, concluiu.
Texto: Sérgio Nascimento
Fotos: Sérgio Nascimento e Marcelo Augusto
Assecom-PMM
