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13 outubro, 2009 Prefeitura cria Medalha Fabrício Gomes Pedroza

Medalhas serão concedidas personalidades que contribuíram para o desenvolvimento sócio-econômico da cidade.

A Prefeita de Macaíba, Marília Dias, instituiu a "Medalha de Honra ao Mérito Fabrício Gomes Pedroza”, cuja finalidade é condecorar aqueles que contribuíram para o desenvolvimento sócio-econômico da cidade. A solenidade de entrega das medalhas será realizada no dia 26 de outubro, às 17h, no Largo do Palácio Auta de Souza, sede da Prefeitura Municipal. O projeto recebeu a aprovação unânime da Câmara Municipal de Macaíba, na última quinta-feira (8).

Além de ser uma honraria aos que receberem a medalha, a iniciativa também é uma homenagem ao fundador do município, Fabrício Gomes Pedroza, grande comerciante e produtor de açúcar do século 19 que possuía um organizado engenho na região de Macaíba.

“Mais de 15 Medalhas de Honra ao Mérito Fabrício Gomes Pedroza serão concedidas àqueles que ajudaram a cidade de alguma forma e nas mais diversas áreas, seja na Política, na Educação, Saúde, na Cultura, no Social”, explica a Prefeita Marília Dias.

SAIBA MAIS
Pesquisas de Luiz da Câmara Cascudo apontam que Fabrício Gomes Pedroza foi um pernambucano da cidade de Nazaré. Outros autores, no entanto, afirmam que ele era natural de Areia, cidade da Paraíba. Nas terras potiguares, Fabrício Gomes Pedroza se tornou um dos homens mais influentes e importantes para a sociedade norte-rio-grandense do século XIX.

Fabrício Gomes Pedroza nasceu em 17 de novembro de 1829 e já residia em Natal em meados de 1847, onde em 29 de setembro teria falecido a sua primeira esposa, Ana de Vasconcelos. Foi dono do engenho Jundiaí, que se localizava próximo as terras de Coité, pertencentes a Francisco Pedro Bandeira.

Como Coité estava se beneficiando com a vinda da produção algodoeira do interior do Estado diretamente para a vila, Fabrício Gomes resolveu se casar com a filha de Pedro Bandeira, Damiana Bandeira de Melo, tornando-se dono de Coité.

Percebendo que o sítio do seu sogro era propício para o comércio, por estar localizado à margem esquerda do rio Jundiaí, Fabrício Gomes Pedroza construiu em Coité um armazém, não só para recolher o açúcar que era produzido em seu engenho, como também para os produtos que comercializava nos engenhos dos vales de São José e Ceará Mirim.

Em virtude da família Moura (de Estevão Barboza de Moura) dominar a região, Fabrício resolve construir seu armazém o mais distante possível das terras dos Mouras, construindo ao lado esquerdo do rio Potengi um verdadeiro complexo, incluindo armazém, capela, alojamento para funcionários e senzalas para os escravos. Por volta de 1859, ele construiu no alto de uma colina, no início da “estrada velha” de Guarapes, um imponente casarão.

Coité tivera um desenvolvimento considerável, chegando a comparar-se a capital em desenvolvimento. Em 1855, Fabrício Gomes Pedroza – que já gozava de prestígio e influência na região - propôs em uma festa em sua casa a mudança do nome da região de Coité para “Macahyba”. Anos depois, grafia foi alterada para “Macaíba”.

Com informações do blog http://historiademacaiba.blogspot.com/